O Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, assegurou que três novas fábricas de cimento vão entrar em funcionamento até ao final do ano em diversos pontos do país, feito que contribuirá para uma progressiva redução e estabilização do preço daquele material de construção.
As três novas fábricas, segundo Inroga, acrescem-se às cinco outras ora em funcionamento em todo o país feito que vai elevar para oito o número de unidades fabris que produzem o cimento e, por conseguinte, baixar ainda mais o preço do saco de 50 quilogramas, cujo preço no mercado varia entre 230 a 240 meticais (nove dólares americanos).
O titular da pasta da indústria e comércio disse que a entrada em funcionamento das novas fábricas enquadra-se nos esforços que o executivo tem vindo a empreender, visando reduzir o elevado custo do preço do material de construção que, que nos últimos tempos, tem estado a registar uma elevada procura em todo Moçambique.
A fonte disse, por outro lado, que os indicadores relativos ao desiderato de implantar no país uma unidade industrial de ferro e aço são bastante encorajadores, porquanto na recente avaliação feita em 2010 para apurar o melhor local à sua edificação o Parque Industrial de Beluluane, província meridional de Maputo, apareceu na lista de preferências.
“O Parque Industrial de Beluluane apareceu na lista das preferências por reunir as condições básicas necessárias, nomeadamente água e luz, para o pleno funcionamento de uma unidade industrial deste porte”, explicou o ministro.
O titular da pasta da indústria e comércio disse, contudo, que haverá a necessidade de fazer um novo estudo de viabilidade, porque o outro feito em 2006, altura do início do processo negocial, não encorajava pois mostrava a inexistência de um mercado capaz de absorver os níveis de produção outrora em vista.
A matéria-prima produzida pela fábrica de ferro e aço, segundo o estudo, que durou três anos, seria apenas para exportação, situação que estaria a contrariar o preconizado quando se avançou a ideia de implantar uma fábrica em solo moçambicano que é abastecer o mercado local.
Todavia, volvidos seis anos, a realidade no país mudou drasticamente e Moçambique, a escala nacional, está a registar um elevado ‘boom’ na construção civil (obras públicas e mesmo no que tange as moradias).
O ferro, determinante nestas intervenções, é todo ele importado, facto que encarece ainda mais os custos de construção.
Armando Inroga acrescentou que com o crescimento da indústria extractiva no país, traduzida nas mais recentes descobertas de carvão e hidrocarbonetos, o país estará em óptimas condições de absorver o volume de produção da futura fábrica de ferro e aço.