Três cidadão identificados pelos nomes de Feliciano Mulhovo, William Arone Tivane e Majange Macuvele, com idades compreendidas entre 22 e 30 anos, estão a ver o sol aos quadradinhos numa subunidade da Polícia no distrito da Moamba, na província de Maputo, acusados de caça furtiva no Game Park.
Segundo as autoridades da Lei a Ordem, os visados foram surpreendidos naquele local numa acção de caça ilegal. Feliciano Mulhovo de 22 anos de idade confessou ao @Verdade que ele e os seus comparsas foram encontrados na posse de armas de fogo quando de dirigiam a “Baptine Ka Langa” para caçar rinocerontes com o intuito de obter cornos para venda num lugar “que só o chefe (referia-se ao mandante) conhece”.
Os cidadãos ora detidos, que alegam ser a primeira vez que se envolvem na caça de ilegal de rinocerontes, recusaram revelar-nos os nomes dos supostos mandantes porque já o tinham feito para a Polícia. Esta disse-nos que as pessoas arroladas respondem pelos nomes de Sérgio Mulato, residente no distrito de Moamba, e Benete, que reside no distrito de Magude.
“Não tinha conhecimento de que era crime caçar e matar rinocerontes”, defendeu-se William Tivane. Por sua vez, Majange Macuvele, admitiu já matou pele menos um rinoceronte. A Polícia encontrou uma arma de fogo na sua casa; por isso, concluiu-se logo que ele é um caçador furtivo, uma prática proibida e punida nos termos da Lei.
“A arma uso para matar rinocerontes. Dias antes eu tinha abatido um, o meu chefe levou os cornos e pediu para que eu ficasse com a arma porque ele ia vender (o produto) para no seu regresso poder me pagar”, explicou William Tivane.
Segundo Emídio Mabunda, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Maputo, estes indivíduos foram encontrados na posse de duas armas de calibre 375, usadas para o abate de animais de grande porte. Eles protagonizam a caça furtiva no Game Park e as investigações indicam que os mandantes são Sérgio Mulato e outro cidadão identificado pelo nome de Benete.
Emídio Mabunda disse que o visados serão punidos à luz dos artigos 61 e 62, líneas “a” e “b”, da Lei 20/2014 de 20 de Junho, que proíbe a caça furtiva.