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Três governos caem no Leste Europeu em poucas semanas

O governo do primeiro-ministro liberal tcheco, Mirek Topolanek, que apresentou a sua renúncia nesta quinta-feira, é o terceiro a cair em poucas semanas no Leste Europeu, depois dos da Hungria e da Letônia.

A crise econômica que levou o socialista Ferenc Gyurcsany a anunciar a sua renúncia em Budapeste na semana passada e que provocou a queda em Riga do governo de centro-direita de Ivars Godmanis, em meados de fevereiro, não é a causa direta da moção de censura apresentada na terça-feira em Praga pela coalizão de centro-direita.

Mas a gestão da crise que interrompeu o boom econômico do país (previsão de retrocesso do PIB de 2% em 2009, após um crescimento de 3,1% em 2008) é um dos principais assuntos em jogo para a formação do próximo governo tcheco.

Na Hungria, Gyurcsany decidiu renunciar depois de não ter conseguido obter a aprovação de seu plano de reativação econômica. Desde a eclosão da crise financeira em setembro, o dirigente socialista tentou sem êxito conseguir o apoio do Parlamento para esse programa que incluía medidas impopulares em matéria de saúde e de aposentadorias.

Seu governo obteve por parte das instituições financeiras internacionais uma quantia de 20 bilhões de euros quando o país se encontrava à beira da quebra. Na Letônia, o governo de Godmanis caiu no dia 20 de fevereiro, em um contexto de crescente descontentamento da população.

O país báltico conheceu até 2007 taxas de crescimento de dois dígitos, mas sua economia desabou no ano passado, com uma contração do PIB de 10,5% no último trimestre de 2008. Riga obteve no ano passado 7,5 bilhões de euros por parte do FMI, da UE e de outros credores.

Desde a sua posse, em meados de março, o novo primeiro-ministro, Valdis Dombrovskis, anunciou futuros cortes orçamentários para evitar a “quebra” do país.

As economias de outros dois países bálticos, Lituânia e Estônia, atravessaram a mesma espiral negativa, mas seus governos não parecem estar ameaçados.

A estabilidade política prevalece também em Polônia e Eslováquia, que aparentemente resistem à crise, já que preveem um crescimento positivo para 2009, embora os analistas sejam mais pessimistas.

A nova coaligacão entre a esquerda e a direita na Romênia também parece estável.

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