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Trégua em Gaza termina com soldado israelita capturado e 70 palestinos mortos

Israel anunciou o fim do cessar-fogo em Gaza nesta sexta-feira, dizendo que militantes do Hamas romperam a trégua logo após a entrada em vigor e aparentemente capturaram um soldado israelita e mataram outros dois.

Novos bombardeios israelitas mataram mais de 70 palestinos e feriram cerca de 220, relataram autoridades hospitalares.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou uma sessão especial do gabinete de segurança e alertou publicamente o Hamas e outros grupos militantes de que irão “enfrentar as consequências de suas ações”.

A trégua de 72 horas anunciada pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, foi a tentativa mais ambiciosa até agora de encerrar mais de três semanas de combates e uma reação ao crescente alarme internacional a respeito do saldo cada vez maior de mortes de palestinos.

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu a soltura incondicional do soldado israelense e disse que, após os acontecimentos do dia, seria difícil restabelecer uma trégua. “Acho que vai ser muito difícil restabelecer um cessar-fogo conjunto novamente se os israelenses e a comunidade internacional não puderem sentir confiança de que o Hamas pode cumprir um compromisso de cessar-fogo”, disse em uma entrevista coletiva.

Obama afirmou que tem estado em constante contato com Netanyahu sobre a situação e acrescentou que é preciso fazer mais para proteger os civis palestinos. O Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza, nem confirmou nem negou estar com o soldado. O secretário de Estado Kerry disse que pediu ao Catar, que é próximo do Hamas, e à Turquia para ajudar a libertar o soldado. Ban repudiou a suposta violação do cessar-fogo do Hamas e exigiu a libertação do soldado.

O cessar-fogo, que começou às 8h da manhã hora local, levou famílias palestinas a retornar às vizinhanças devastadas, onde fileiras de casas foram reduzidas a escombros, e deveria ser seguido por negociações entre israelenses e palestinos no Cairo para buscar uma solução de longo prazo.

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