A pandemia de gripe suína causou um revés extra para o tráfego internacional de passageiros, que sofreu uma redução de 7,2% em junho em relação ao mesmo mês de 2008, anunciou esta quinta-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). “São tempos extremamente difíceis para o transporte aéreo. Não há qualquer sinal de uma melhoria econômica à vista”, declarou em um comunicado Giovanni Bisignani, diretor-geral da IATA.
“Outras ameaças pesam fortemente, entre elas o da alta dos preços dos combustíveis ou o impacto da gripe A(H1N1) na demanda”, acrescentou. Em maio, a diminuição do tráfego mundial foi de 9,3%. As companhias aéreas da América Latina perderam em junho 4,7% de seu tráfego de passageiros, apesar de a queda supor uma melhoria significativa em relação ao retrocesso de maio (-9,2%), destacou a IATA.
A associação percebe os primeiros sinais de que a região começa a se recuperar do golpe da pandemia, mas acha que ainda existe uma incerteza sobre a propação da gripe A(H1N1) e suas consequências para as viagens. A queda do tráfego também desacelerou na América do Norte, 6,7% em junho, depois dos -10,9 de maio. Na Europa, a queda foi de 7,1% em junho, frente aos -9,4% de maio.
As companhias aéreas não souberam gestionar a queda da demanda adaptando sua oferta, por isso “as rendas do setor em junho caíram de forma traumatizante entre 25 e 30%”, destacou a IATA, que agrupa 230 companhias, somando cerca de 93% do tráfico aéreo internacional regular.