O Tribunal Penal Internacional (TPI) acusou Germain Katanga, antigo chefe duma milícia da RD Congo, de crimes de guerra relativos a um ataque mortífero perpetrado em 2003 contra uma aldeia no leste do seu país.
Centenas de pessoas foram mortas e numerosas mulheres foram obrigadas à escravidão sexual depois do ataque ocorrido em fevereiro de 2003 na aldeia de Bogoro, em Ituri.
Um comunicado do TPI divulgado em Nova Iorque revela que a Câmara de Primeira Instância do TPI considera que Katanga, alto comandante da Força de Resistência Patriótica em Ituri (FRPI), é acusado de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade. Os crimes incluem assassinatos, ataque contra população civil, destruição e pilhagem de bens.
“Á luz dos testemunhos e da prova apresentada diante do Câmara foi estabelecido para além de qualquer dúvida razoável que Germain Katange deu uma contribuição importante ao cometimento de crimes pela milícia Ngiti, que atuava com objetivo comum ajudando os seus membros a planificar a operação contra Bogoro”, indica o comunicado.
“Neste sentido, a Câmara concluiu a existência de provas para além de qualquer dúvida razoável que os crimes de violação e de escravidão sexual foram cometidos e que havia crianças na milícia Ngiti e entre os combatentes que estavam em Bogoro no dia do ataque”, acrescentou o TPI.
