Está patente desde terça-feira, 24 de Novembro, até ao dia 21 de Dezembro, no Espaço Cultural da Tmcel-IFT, na cidade de Maputo, a “Exposição Colectiva de Artes Plásticas Beneficente”, promovida pela ACM-Artes e Cultura em Movimento, com o apoio institucional da empresa Tmcel-Moçambique Telecom, a mostra é composta por um total de 49 obras de diversas modalidades (pintura, esculturas em madeira e ferro, desenho e cerâmica), da autoria de 28 artistas moçambicanos.
Trata-se de uma iniciativa beneficente, conforme sugere o nome da exposição, que visa apoiar os artistas, particularmente nesta fase que o mundo, no geral, e os artistas, em particular, atravessam devido à pandemia do novo Coronavírus. Foi nesse âmbito que a Tmcel se juntou à iniciativa, reforçando, desta forma, a sua missão de melhor servir a sociedade, valorizando a cultura moçambicana, um papel que tem desempenhado desde a sua criação, através do fomento, divulgação, protecção e defesa do património artístico-cultural do País.
“Vários sectores da sociedade foram negativamente afectados por esta pandemia, que impôs uma nova forma de estar e viver. Na cultura, por exemplo, foi proibida a realização de eventos culturais, tais como espectáculos, feiras, exposições de arte e artesanato, o que tornou difícil a vida dos artistas e de todos os agentes que constituem a cadeia de produção, distribuição e comercialização de produtos artístico-culturais. Por isso, tomámos a iniciativa de organizar esta exposição como forma de apoiar esta classe”, sublinhou o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mahomed Rafique Jusob.
Por seu turno, Fernando Fanheiro, um dos curadores, explicou que a exposição tem a particularidade de ter obras de artistas de todas as gerações, que terão a oportunidade de comercializar os seus trabalhos.
“Os artistas estão, literalmente, inibidos de expor e comercializar as suas obras, daí a importância desta exposição. Mais do que apoiá-los, queremos promover a interacção entre os artistas considerados decanos e os emergentes”, disse Fernando Fanheiro.
Em representação dos artistas, Delfina Nhatitima louvou os autores da iniciativa, principalmente por ser promovida num momento conturbado para o País, não só devido à Covid-19, mas também por causa dos ataques terroristas em Cabo Delgado e aos ataques nas províncias de Manica e Sofala.
“Nós, os artistas, não devemos perder o ânimo pois cabe a nós fazer levantar a moral das pessoas, que sempre olharam para nós como aqueles que lhes alimentam a alma e o espírito. Esta exposição é, para os artistas, uma mais-valia”, disse Delfina Nhatitima.
Importa realçar que a cerimónia de abertura da exposição, em que participam 28 artistas moçambicanos, dentre eles Bena Filipe, Carmen, Darda, Reinata Sadimba, Naguib, Silva Dunduro, Noel Langa, contou com a presença do ministro dos Transportes e Comunicações, Janfar Abdulaí.