Pelo menos três dirigentes da Escola Primária Completa de Chimbande, localizada na cidade de Tete, província do mesmo nome, Centro de Moçambique, encontram-se suspensos devido ao seu envolvimento num caso de desvio de fundos do Estado.
Trata-se dos directores geral e pedagógico bem como o chefe da secretaria daquele estabelecimento de ensino, cujos nomes não foram revelados. Os visados foram suspensos em bloco por se terem envolvido num esquema de desvio de cerca de 80 mil meticais (perto de três mil dólares americanos) referentes a horas extraordinárias de um grupo de professores que não se beneficiavam desse valor.
“A escola elaborou unilateralmente e consensualmente as folhas salariais e elas foram liquidadas na totalidade. Em seguida, aqueles membros de direcção da escola elaboraram outras folhas em que constavam apenas os professores com direito de receber horas extras”, disse o Inspector chefe da Direcção Provincial de Educação e Cultura de Tete, David Jordão, falando à Rádio Moçambique, a emissora pública nacional.
O trio roubou o dinheiro das horas extras de oito professores durante quatro meses do ano passado, até que um dos professores, por sinal integrante na lista dos oito tidos como beneficiários desse montante, descobriu a falcatrua e denunciou a ocorrência nos serviços de inspecção da DPEC. O roubo foi constatado depois de uma investigação dos mapas salariais feita pela Direcção provincial de Plano e Finanças em coordenação com a DPEC.
Jordão admite a possibilidade de haver outros dirigentes de escolas que desviam fundos do Estado usando o mesmo esquema. Por isso, a DPEC tem estado a trabalhar no sentido de apurar casos de género. Segundo a fonte, os processos disciplinares e criminais dos três dirigentes ladrões estão a seguir os trâmites legais.
