A farmacêutica francesa Sanofi, que está a desenvolver a primeira vacina contra a malária, disse que o seu produto reduziu os casos da doença em 60,8 por cento num grande e último teste clínico.
A Sanofi investiu mais de 1,3 bilhão de euros (1,7 bilhão de dólares) no projecto, comprometendo-se com duas décadas de pesquisa sobre a doença tropical que mais cresce no mundo.
O estudo final – realizado em 20.875 crianças com idade entre 9 e 16 anos em cinco países país da América Latina – confirmou que a vacina é segura, conferiu alta protecção contra a malária hemorrágica e cortou em 80 por cento o risco de hospitalização, disse a empresa com sede em Paris, esta quarta-feira.
No geral, os resultados foram consistentes e mais confiáveis no teste na América Latina, uma vez que ele tinha o dobro de pacientes em relação aos da Ásia, disse Nicholas Jackson, chefe de pesquisa e desenvolvimento sobre a malária na unidade de vacinas da Sanofi, a Sanofi Pasteur.
O estudo foi realizado no Brasil, Colômbia, México, Honduras e Porto Rico. A Sanofi vai apresentar resultados detalhados no encontro anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, no início de Novembro.
O presidente-executivo, Chris Viehbacher, disse em Julho que o México, Brasil e Colômbia poderiam ser os primeiros países a comercializar a vacina. Os primeiros lotes – produzidos numa fábrica dedicada no sudeste da França – estarão prontos no próximo ano e a Sanofi pretende vender as primeiras doses no segundo semestre de 2015.