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Testa-se resistência do milho à seca

Cerca de 18 variedades de culturas de milho está a ser desenvolvido num campo agrícola em Chokwè, na província de Gaza. Trata-se de variedades que visam testar a eficiência do primeiro campo confinado do país, concebido para desenvolver variedades de culturas resistentes à seca com vista a responder a preocupação que existe em relação à problemática das mudanças climáticas.

O plantio das variedades do milho no Campo confinado de Chókwè corresponde a segunda fase do projecto, também designada Pré-Fase cujo objectivo é testar a eficiência do sistema do campo.

Os resultados da cultura de milho que está sendo produzido naquele local, segundo deu a conhecer Pedro Fato, responsável pelo projecto de melhoramento de cultura de milho no Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), serão conhecidos dentro de cinco meses.

Este ensaio não envolve produção de material geneticamente modificado, mas sim de culturas com características de milho comum.Os geneticamente modificados serão lançadas à terra dentro de cinco anos.

O projecto é desenvolvido pelo Instituto de Investigação Agrária de Moçambique no quadro de um projecto que está a ser levado a cabo em parceria com a Water Efficient Maize for África (WEMA), um organismo ligado a pesquisas agrícolas.

Este projecto procura dar resposta às principais preocupações de momento no que se refere à produção agrária. A escolha do milho reside no facto de esta ser a principal cultura praticada pelos agricultores no seu relacionamento com a terra.

“Esperamos que em cinco anos possamos trazer algum material novo associando o melhoramento convencional e a biotecnologia, permitindo orientar com clareza o nível de tolerância de determinada variedade. Fazemos o estudo atendendo às diferentes situações dos solos e zonas agro-ecológicas. Sabemos quais são os solos de cada zona e a condição climática. O que precisamos é alocar as nossas culturas às condições específicas e com instruções claras”, disse.

Um projecto com as mesmas características está a ser desenvolvido em países como a África do Sul, Tanzânia, Quénia e Uganda, sendo Moçambique o quinto país. Basicamente, o sistema compreende um campo de demonstração de dois hectares em regime de confinamento (não deve ser plantada qualquer variedade de milho num raio de 400 metros) para evitar interferências ou cruzamentos, uso de um sistema de rega gota- a- gota para garantir que a planta receba uma quantidade de água regulada, uma estação meteorológica automática e um medidor de humidade de solo (estas últimas duas componentes ainda estão por ser montadas).

O uso do sistema gota-a-gota permite alocar a água directamente para a planta, reduzindo assim a acção dos infestantes (erva daninha) e propiciando uma eficiência no uso da água entre 80 e 90 porcento

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