Ao visitar uma cidade devastada pelo terremoto que matou pelo menos 413 pessoas, o presidente do Equador, Rafael Correa, contemplou nesta segunda-feira uma reconstrução no valor de biliões de dólares e um impacto potencialmente “imenso” para a frágil economia do país integrante da OPEP.
Contudo, os traumatizados sobreviventes que Correa encontrou no seu giro dois dias depois do tremor de magnitude 7,8 tinham preocupações bem mais imediatas: muitos pediram-lhe água.
Com a possibilidade de o número de mortos subir ainda mais e diante das áreas de casas, ruas e pontes destruídas, um Correa visivelmente emocionado e com uma expressão triste alertou que o maior desastre do Equador em décadas representaria um grande custo para o país pobre dos Andes.
“A reconstrução vai custar biliões de dólares”, declarou Correa na cidade bastante atingida de Portoviejo, onde sobreviventes o cercaram pedindo ajuda. O impacto económico “pode ser imenso”, acrescentou.
O crescimento do país, que depende bastante do petróleo e das exportações, já era previsto para quase zero neste ano devido à queda dos rendimentos com petróleo. A indústria de energia parecia ter evitado danos, embora a principal refinaria de Esmeraldas estivesse fechada como precaução.
No entanto, as exportações de bananas, flores e peixes poderiam desacelerar devido às estradas destruídas e aos atrasos em portos.