Com um desempenho majestoso, Petra Kvitova pôs fim às esperanças de Eugenie Bouchard de tornar-se na primeira canadiana a conquistar um título de Grand Slam com uma vitória de 6-3 e 6-0 na final de Wimbledon neste sábado.
Muito foi dito a respeito da potência e da determinação de Bouchard para triunfar no que ela mesma chamou de “templo do tênis”, mas a tenista de 20 anos não conseguiu lidar com o estilo mais variado e agressivo da sexta cabeça de série Kvitova.
“Recebi ótimas táticas de meu treinador – ele sempre sabe como preciso jogar”, disse Kvitova à plateia durante a cerimónia de premiação de seu segundo título em quatro anos na grama londrina. “Estar de volta aqui depois de três anos com o troféu é muito especial.”
Bouchard foi vista da Cabine Real pela princesa britânica de quem recebeu o nome, mas disputar a sua primeira grande final pareceu ser demais para a 13ª cabeça de série do torneio.
Disparando winners para todos os lados, Kvitova venceu a final menos disputada desde que Steffi Graf bateu Monica Seles em 1992, quando também só perdeu três games.
Bouchard sofreu uma quebra já no quarto game, quando Kvitova fez um winner de cruzada para encerrar uma troca de bola empolgante que obrigou as duas tenistas a correrem pela quadra.
A única vacilação de Kvitova durante o massacre de 55 minutos foi quando ela tentou fechar o primeiro set em 5-2. Ela perdeu o serviço, mas devolveu a quebra na sequência e confirmou o game seguinte.
A plateia tentou animar Bouchard com gritos de “Vamos, Genie”, mas a canhota Kvitova acelerou o ritmo no segundo set, que venceu em rápidos 22 minutos, e pôs fim à provação de sua adversária com um winner de backhand fulminante.
“Foi simplesmente maravilhoso. Você sempre sonha em jogar seu melhor tênis no maior palco do esporte, foi uma coisa linda”, resumiu Lindsay Davenport, ex-campeã de Wimbledon. “Nem dá para culpar Bouchard, porque ela não jogou mal, mas não teve a chance de jogar porque Kvitova não a deixou. Acho que ninguém teria conseguido batê-la hoje.” “Bouchard tentou de tudo, mas Kvitova não deixou passar nada.”
Foi a final mais rápida desde que Martina Navratilova arrasou a norte-americana Andrea Jaeger em parciais de 6-0 e 6-3 em 54 minutos em 1983.