Os cientistas australianos estão a usar tecnologias militares de localização de submarinos para encontrar pelo canto raras baleias azuis a centenas de quilómetros de distância.
Com sons de baixa frequência, os mamíferos podem comunicar-se através de bacias oceânicas inteiras.
Até agora, o monitoramento das baleias era feito apenas visualmente, mas a partir deste ano os cientistas da Divisão Antárctica Australiana passaram a usar também boias sonoras direccionais, equipamentos geralmente empregados por militares para localizar e espionar submarinos.
A baleia azul, maior animal do oceano Antárctico, foi quase extinta pela caça predatória na década de 1990, e o governo australiano diz que o monitoramento pode contribuir com a sua preservação.
Ao longo de 20 dias, este ano, os cientistas registaram com a nova tecnologia a presença de 103 baleias azuis, um número recorde, numa área de mais de 10 mil quilómetros.