Na primeira meia final da Taça de Moçambique, o Costa do Sol venceu o Ferroviário da Beira e garantiu a vaga na final da competição, esperando pela outra meia final que se joga neste domingo para conhecer o seu adversário.
Em abono da verdade desportiva, diga-se que a equipa canarinha da capital do país pouco ou nada fez para merecer a vitória. Aliás, em nenhum momento o Costa do Sol foi superior ao Ferroviário da Beira para tornar o resultado justo. A história deste confronto que teve como palco o Caldeirão do Chiveve, casa do Ferroviário, pode até ser contada em quatro fases:
– A primeira que prolongou-se até à primeira hora do jogo com as duas equipas bastante tímidas e sem criarem situações claras de golo excepto o único remate de Mário que foi parar directo nas mãos seguras de Gervásio.
– A segunda foi a que seguiu-se até ao apito do árbitro que mandou as duas equipas recolherem ao balneário. Neste período, os dois lados até conseguiram criar jogadas de perigo mas foi Costa do Sol que apresentou um futebol confuso e diferente do habitual, que cedo afrouxou permitindo ao adversário instalar-se no seu meio-campo.
– Já na etapa complementar, o Costa do Sol buscou colmatar os erros e Diamantino Miranda, técnico canarinho, chegou a operar algumas substituições sobretudo na zona intermediária que surtiram o efeito desejado. Neste período o Costa do Sol já criava jogadas ofensivas e num lance de jogada individual violou as redes contrárias. O Ferroviário da Beira a jogar em casa, não se rebaixou perante o crescimento do adversário e respondeu com os seus contra-ataques rápidos que pecavam por não penetrar na zona central adversária.
– A última fase deu-se nos últimos dez minutos quando os canarinhos começaram com um “cai-cai” para baixar a intensidade do jogo da equipa locomotiva que corria atrás do prejuízo e dominando por completo a partida. E não só, Diamantino Miranda mandou toda a sua equipa descer até à zona da grande área para evitar descalabros de última hora.
O único golo da partida e que fez toda a diferença, embora contra a corrente do jogo, surgiu à passagem do minuto 72 por intermédio de Reginaldo. Todavia o mérito vai ao Rúben, praticamente o homem do jogo, que num lance quase perdido pela direita do ataque, numa giratória, usou o pé esquerdo para tirar dois centrais locomotivas e mandar a bola ao centro que encontrou Reginaldo isolado e sem hipóteses de falhar.
O adversário do Costa do Sol na final desta prova será conhecido em Xinavane neste domingo onde o Incomáti recebe a Liga Muçulmana.