O aumento do preço do pão anunciado pela Associação Moçambicana dos Panificadores (AMOPÃO) para entrar em vigor a partir desta sexta-feira(01) em todo País foi suspenso temporariamente pelo Ministério da Indústria e Comércio.
Os panificadores moçambicanos decidiram na passada quarta-feira(29), em reunião magna, agravar o custo do alimento essencial para os moçambicanos alegadamente devido à subida dos seus custos de produção. “Estamos a tentar fazer simplesmente a reposição daquilo que foi corroído pelos custos da subida da matéria-prima básica, estamos a falar da farinha de trigo, do fermento, da vitamina e também dos salários que foram reajustados em Abril, tudo isso veio tornar os custos de produção mais elevados” declarou Victor Manuel, em conferência de imprensa após a reunião dos panificadores, explicando que os custos de produção subiram em cerca de 70 por cento “tornando a nossa actividade insustentável”.
Entretanto nesta quinta-feira(30) e após “muita discussão, numa acção coordenada com a própria direcção da AMOPÃO o Ministério da Indústria e Comércio decidiu suspender temporariamente o agravamento do preço do pão para dar tempo ao Governo analisar todos os factores evocados para justificar o tal agravamento”, afirmou o inspector-geral da Inspeção Nacional das Actividades Económicas (INAE), José Rodolfo, em declaração à Rádio Moçambique.
Falando após a reunião da agremiação o presidente da AMOPÃO disse que o Governo se entender que o preço do pão não deve aumentado “vai ter que apresentar alternativas, nós não temos condições de trabalhar sem reajustar o preço do pão”.
Desde Abril que os panificadores têm alertado para o aumento dos custos de produção, com destaque para o custo da farinha de trigo porém o Executivo, que em finais do ano passado retirou o subsídio que concedia aos panificadores desde 2010 porque o preço do trigo baixou nos mercados internacionais, não atendeu aos pedidos para encontrar uma solução de amortecimento dos custos de produção.