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Suspeito de atentado na Times Square confessa crime

O suspeito do atentado frustrado com um carro-bomba em Nova York, Faizal Sahzad, “admitiu o envolvimento” no episódio e enfrentará acusações de terrorismo internacional e tentativa de uso de armas de destruição em massa, informaram autoridades esta terça-feira nos Estados Unidos.

“Em função da informação de que dispomos fica claro que este foi um plano terrorista que pretendia assassinar americanos em um dos locais mais frequentados de nosso país”, afirmou o Procurador-Geral Eric Holder. Desde que o paquistanês Sahzad, naturalizado americano, foi capturado num aeroporto de Nova York tentando partir para Dubai, “ofereceu importantes evidências” aos investigadores, acrescentou o diretor-assistente do FBI, John Pistol.

Sahzad será indiciado por terrorismo internacional e tentativa de uso de armas de destruição em massa, informaram as autoridades, admitindo seguir pistas para determinar se o suspeito tem relação com grupos radicais nos Estados Unidos ou no exterior. Para a resolução do caso, Estados Unidos e Paquistão estão trabalhando lado a lado, disse o porta-voz do departamento de Estado, Philip Crowley.

Em Islamabad, um funcionário do governo paquistanês indicou que seu país prometeu colaborar com os Estados Unidos e anunciou que dois suspeitos já foram detidos por ligação com o atentado. O carro-bomba incendiário e potencialmente mortífero foi desativado no sábado no centro de Nova York, em plena Times Square. O suspeito havia comprado a caminhonete Nissan Pathfinder utilizada para carregar o artefato explosivo nas últimas três semanas, segundo as autoridades. Ele pagou a transação em dinheiro, sem deixar rastros nem papéis assinados, e visitou recentemente seu país de origem, segundo os investigadores.

O veículo foi transformado em um carro-bomba e continha dispositivos pirotécnicos, galões de propano, gasolina, fios elétricos, fertilizante para espalhar as chamas e dois relógios. Não são muito claras as razões da falha do detonador, após a caminhonete começar a pegar fogo, mas especialistas afirmam que o dispositivo parece ser bastante improvisado e obra de alguém com pouca experiência. O fertilizante estava em uma caixa de metal, podendo ser empregado para fazer estragos semelhantes ao utilizado por Thimothy McVeigh no atentado da Cidade de Oklahoma em abril de 1995, que matou 168 pessoas.

O chefe de polícia de Nova York, Raymond Kelly, explicou, entretanto, que se a bomba tivesse explodido, teria criado uma “significativa bola de fogo”, capaz de matar muitas pessoas. O motor estava ligado, assim como o pisca-pisca, quando o veículo atraiu a atenção de um vendedor ambulante.

O vendedor, um veterano da Guerra do Vietnã, Wayne Rgatigan – agora convertido em heroi nacional pela imprensa local – andou ao redor do automóvel, viu a fumaça e sentiu o cheiro de pólvora, pelo que avisou a polícia. Nova York está em alerta terrorista desde os atentados de 11 de setembro de 2001. Um grupo talibã paquistanês, o Tehrik-e-Taliban, assumiu posteriormente o atentado de sábado.

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