Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF) rejeitou no início da madrugada desta quinta-feira um pedido de habeas corpus do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, decisão essa que deixa o petista, que lidera as pesquisas de intenção de voto para as Presidenciais, mais próximo de ser preso em breve para cumprir pena pela condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro imposta a ele pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
A maioria dos ministros seguiu o voto do relator do caso, Edson Fachin, para quem não houve qualquer ato ilegal na decisão anterior do Superior Tribunal de Justiça (STJ) do início do mês passado, que havia rejeitado habeas corpus e permitia a execução provisória da pena contra o ex-presidente após o fim dos recursos pelo TRF-4.
Lula foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo tribunal a cumprir pena de 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado e corre o risco de ser preso nos próximos dias.
Após o julgamento, o advogado José Roberto Batochio evitou apontar os próximos passos da defesa do ex-presidente. “Sem análise, primeiro nós precisamos reflectir sobre a decisão”, disse Batochio a jornalistas.
“Enterrou-se uma garantia”, disse Sepúlveda Pertence, outro defensor do antigo Presidente brasileiro, sobre resultado do julgamento.
Lula assistiu à sessão do Supremo no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, próximo da sua actual residência. Mas acabou deixando o local antes do final do julgamento.
