Um cidadão que responde pelo nome de Acácio Alfredo, de 23 anos de idade, está a contas com a Polícia da República de Moçambique (PRM) na Matola, província de Maputo, acusado de fabricar drogas numa residência que ele própria arrendava para o efeito no bairro 1º de Maio.
Ainda não se sabe de que tipo de estupefaciente se trata. Porém, o visado está enclausurado no Posto Policial do 1º de Maio.
Emídio Mabunda, porta-voz do comando da PRM naquela parcela do país, chamou a Imprensa, na quinta-feira (11), para apresentar o indivíduo em causa – o que viola a presunção de inocência – e explicar que as autoridades tomaram conhecimento da existência de uma pequena fábrica de substâncias narcóticas. De acordo com o agente da Lei e Ordem, por um lado é ainda prematuro divulgar o nome da substância ora em posse da Polícia, mas uma amostra foi encaminhada ao laboratório central da PRM com vista a ser identificada.
Há indicações segundo as quais se trata da mesma rede que se dedicava à produção e exportação de mandrax no distrito de Matutuine. Contudo, estas informações ainda carecem de confirmação para a responsabilização ou não da pessoa presa e dos seus comparsas ora em parte incerta com armas de fogo, de acordo com Mabunda. Aliás, a Polícia especula, também, que se trata de um grupo perigoso.
Por sua vez, Acácio Alfredo, que exerce a função de pedreiro, refutou as acusações que pesam sobre si e alegou que não faz parte do bando que anda fugitivo. Ele contou aos órgãos de comunicação social que foi convidado por um dos cidadãos ora em parte incerta para acompanhá-lo para uma casa onde iria carregar uma mercadoria e não fazia ideia do que se tratava.
Num outro depoimento, o acusado contradiz-se ao afirmar que pensava que a mercadoria em causa era óleo alimentar ou combustível.
“Um amigo meu (identificou-o por Alson Salvador), de 30 anos de idade, estudante, veio à minha casa pedir ajuda para transportar alguns bens naquela zona (1o de Maio). Não desconfiei dele porque não tem conduta duvidosa”, defendeu-se o jovem.
De referir que este é o segundo caso de desmantelamento de uma suposta quadrilha que fabricava drogas no mesmo município. Entretanto, não se conhece nenhum desenvolvimento em relação ao primeiro assunto, cujos protagonistas estão também em parte desconhecida, segundo a Polícia.