Os fiscais da Polícia de Protecção dos Recursos Naturais e Meio Ambiente mataram um suposto caçador furtivo de nacionalidade sul-africana e detiveram outro da mesma origem, durante uma alegada troca de tiros, na semana passada, na província de Maputo, onde, há poucos dias, um outro presumível caçador furtivo caiu nas mãos das autoridades, acusado de envenenar mortalmente 104 abutres protegidos por lei.
O recente caso aconteceu numa área de conservação, no posto administrativo de Ressano Garcia, no distrito de Moamba. A Polícia da República de Moçambique (PRM), que removeu o cadáver do malogrado, não revelou a identidade deste.
O cidadão que contraiu ferimentos num dos braços, em consequência de disparos quando tentava fugir dos fiscais daquela área de conservação, confessou o seu envolvimento no acto e declarou que não era a primeira vez que invadia a zona para abater animais tais como gazela, leopardos e outros supostamente para o consumo.
O visado, que se identificou pelo nome de Themba M., disse que ele e amigo alvejado mortalmente são provenientes de Mpumalanga. A opção pelas áreas de conservação moçambicanas, segundo argumentou, deve-se à alega fraqueza na segurança.
O Comando Distrital da PRM na Moamba disse que o finado e o sobrevivente faziam parte de um grupo de caçadores furtivos que, após ser descoberto, empreendeu uma fuga.
Refira-se que, a 24 de Fevereiro passado, pelo menos 104 abutres de espécies em perigo de extinção foram deliberadamente envenenados por um caçador furtivo, no povoado de Tombine-Sabié, no distrito da Moamba, província de Maputo.
Trata-se de 87 aves de dorso branco e 17 com capuz. A chacina aconteceu na localidade de Mbashene e o indiciado, identificado pelo nome de Nelson Palate Machel, de 62 anos de idade, já está a contas com as autoridades policiais.