O Sudão do Sul anunciou nesta sexta-feira que está pronto para um cessar-fogo e vai libertar oito dos 11 dirigentes políticos presos sob a acusação de tentativa de golpe, o que elevou as esperanças de que o país se encaminha para um acordo que ponha fim a conflitos de fundo étnico que estão devastando o país mais novo do mundo.
Não houve de imediato uma reação de Riek Machar, o ex-vice-presidente acusado pelo governo de ter iniciado o conflito que se espalhou rapidamente pela nação, sem saída para o mar, que e ameaça sua vital indústria petrolífera.
“Nós concordamos em princípio com um cessar-fogo que comece imediatamente, mas nossas forças estão preparadas para se defenderem se forem atacadas”, disse o governo em sua conta no Twitter.
Confrontos entre grupos rivais de soldados irromperam em 15 de dezembro na capital, Juba, e desencadearam enfrentamentos em metade dos dez Estados do Sudão do Sul – geralmente com base na origem étnica, entre o grupo de Machar, da etnia dos nuers, e o do presidente Salva Kiir, dos dinkas.
Os Estados Unidos, outras potências ocidentais e governos regionais, temendo uma guerra civil em uma região frágil e com fronteiras claramente porosas, estão tentando mediar um acordo de paz.
A libertação de oito dos 11 detidos logo depois do início do conflito indica que o governo do Sudão do Sul pode ter suavizado sua posição sobre quem é o culpado pela situação.
Dois dos oito já foram soltos, segundo o governo.