Com os moçambicanos cada vez mais sufocados, não pelas máscaras, mas pela nova crise económica causada pelo novo coronavírus o @Verdade descobriu que o primeiro-ministro, os ministros assim como os seus vices tornaram-se milionários apenas por terem feito parte do 1º Governo de Filipe Nyusi. Os 27 “dirigentes” vão repartir cerca de 640 milhões de meticais de “Subsídios de Reintegração”, montante que daria para cobrir quase todos os investimentos inscritos no Orçamento de Estado de 2020 para o sector da Educação ou da Saúde.
O @Verdade apurou que Carlos Agostinho do Rosário, Adriano Afonso Maleiane, Oldemiro Júlio Marques Balói, Jaime Basílio Monteiro, Atanásio Salvador Ntumuke, José Condugua António Pacheco, Carmelita Rita Namashulua, Vitória Dias Diogo, Adelaide Anchia Amurane, Agostinho Salvador Mondlane, Pedro Conceição Couto, Abdurremane Lino de Almeida, Nazira Karimo Vali Abdula, Alberto Hawa Januário Nkutumula, Cidália Manuel Chaúque Oliveira, Luís Jorge Manuel Teodósio António Ferrão, Ernesto Max Elias Tonela, Carlos Alberto Fortes Mesquita, Celso Ismael Correia, Silva Armando Dunduro, Eusébio Lambo Gumbiwa, Jorge Olívio Penicela Nhambiu, Carlos Bonete assim como os seus vice-ministros vão repartir 640.648.270 meticais como “Subsídio de Reintegração” por terem trabalhado com Filipe Nyusi.
Embora o “Subsídio de Reintegração”, inscrito no Orçamento do Estado de 2020, não seja repartido de forma equitativa, cada um dos “dirigentes cessantes” vai embolsar perto de 20 milhões de meticais para além dos salários milionários, despesas de representação, carros e outras regalias que auferiram.
O @Verdade descortinou que este “bolo” abrange aos ministros que continuaram, afinal o seu 1º mandato formal terminou em 2019 e por isso têm direito “Subsídio de Reintegração” apesar dos 20 milhões de moçambicanos nem saberem o que vão comer hoje.
Contas feitas pelo @Verdade indicam que este “Subsídio de Reintegração” daria para construir 1.555 salas de aulas para o ensino primário e secundário em 2020, comprar carteiras escolares, livros para bibliotecas e materiais de ensino para ensino secundário geral, suportar o projecto ensino pré-escolar, realizar a recuperação resiliente de infra-estruturas escolares e o Programa de Gestão de risco de desastres e resiliência nas escolas, e ainda construir instituto Superior de Ciências Agrárias de Mecuburi.
Ainda a título comparativo os 640 milhões de meticais de “Subsídio de Reintegração” chegavam para terminar a construção de onze hospitais distritais, concluir as obras em três hospitais gerais e ainda edificar centros de saúde previstos no Orçamento de Estado de 2020. A verba cobriria ainda os custos da aquisição de equipamento médico cirúrgico e hospitalar e suportaria os Programas de Combate à Tuberculose, Malária e HIV Sida.
Recorde-se que estes “dirigentes” são os mesmo que estão a renovar em 2020 os seus Mercedes, BMWs e outras viaturas de luxo que já tinham recebido em 2015, entretanto alienados à ser favor por montantes irrisórios.