Dois submarinos nucleares russos patrulharam a costa leste dos Estados Unidos há alguns dias, algo que não acontecia há muitos anos, confirmaram nesta quarta-feira altos oficiais das Forças Armadas americanas. Em um comunicado, o comando regional norte das Forças Armadas americanas declarou que acompanha de perto os movimentos do submarinos e que se absteve de protestar contra sua presença.
“Os militares americanos estão a par da actividade dos submarinos russos ao longo da costa leste e em águas internacionais”, declarou o porta-voz do comando norte, James Graybeal, citado no comunicado. “Reconhecemos o direito de qualquer país exercer sua liberdade de navegação de acordo com o direito internacional”, acrescentou.
Citando funcionários da defesa e dos serviços da inteligência, um artigo on-line do jornal The New York Times assinala que um submarino se manteve em águas internacionais a 320 km da costa leste dos Estados Unidos, enquanto que a localização da outra embarcação não ficou de todo clara. Os dois submarinos eram do tipo Akula. “Cada vez que a marinha russa faz algo fora do comum provoca preocupação”, afirmou ao jornal um alto funcionário do departamento de Defesa, que monitorou os informes sobre o caso. “Sabemos onde estavam, e não estamos preocupados por nossa capacidade.
Estamos preocupados apenas pelo fato de que estejam lá”, explicou. A Rússia, por sua vez, denunciou a reacção exagerada dos americanos, que classificou de “histérica”, e insistiu no fato de que essa manobras não tinham nada de ilegal em termos de direito internacional. “Os movimentos dos submarinos russos fora de águas territoriais são habituais e não violam em absoluto o direito marítimo internacional”, explicou uma fonte militar diplomática a agência oficial russa Itar-Tass.