Pelo menos quarenta e cinco pessoas morreram e outras 26 mil foram afectadas pelas chuvas, habituais durante a época chuvosa, que caem em Moçambique desde Outubro do ano passado, com maior incidência na zona norte, anunciou na passada sexta-feira(05) o Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE).
“No que diz respeito ao número de óbitos, temos agora 45 óbitos resultantes de vendavais, chuvas e descargas atmosféricas. Só em Fevereiro tivemos 26 óbitos, dos quais 20 por descargas atmosféricas, e seis por arrastamento das águas”, disse o director do CENOE, Maurício Xerinda, falando em conferência de imprensa, no término de uma reunião do Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGC).
Xerinda explicou que no período de uma semana, um total de 410 pessoas foram afectadas pelas chuvas que caem no país, perdendo as suas casas e outros bens.
“Desde a Sexta-feira da semana passada, até a quinta-feira(04), 410 pessoas foram afectadas pelas chuvas”, afirmou o director do CENOE explicando que esse número soma para 25.917 pessoas afectadas, desde o princípio da época chuvosa, correspondente a cinco mil cento oitenta e cinco famílias.
Segundo a fonte desde Outubro do ano passado, as chuvas destruíram totalmente 1.202 casas e outras 3.941 parcialmente. Várias estradas secundárias estão alagadas condicionando o tráfego rodoviário.
No entanto, até agora ainda não há registo de vítimas das chuvas nos centros de acolhimentos, pois a maioria encontra-se abrigada em casa de familiares e vizinhos.
“É importante referir que a maior parte das casas destruídas já foram reconstruídas, pois estamos a falar de dados de Outubro do ano passado até Fevereiro”, afirmou Xerinda.
Enquanto a zona norte do país é afectada pelas cheias, a zona sul está sendo severamente afectada pela seca que já deixou 166.936 pessoas numa situação de insegurança alimentar.