O governo do Sri Lanka afirmou nesta quarta-feira que não há razões para uma investigação internacional sobre crimes de guerra durante a recente ofensiva final do Exército contra os separatistas tâmeis. “Não há nenhuma razão para uma investigação.
São declarações políticas. Não acredito que devamos ficar excitados a respeito”, afirmou o ministro cingalês dos Direitos Humanos, Mahinda Samarasinghe, que está em Genebra para assitir uma sessão extraordinária do Conselho dos Direitos Humanos da ONU dedicada ao país.
Na terça-feira, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu uma “investigação internacional, independente e confiável”. A investigação teria como objetivo verificar as circunstâncias, a natureza e a magnitude das violações aos direitos humanos e ao direito internacional humanitário do Exército cingalês e dos rebeldes Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE), nas palavras de Pillay.
Organizações humanitárias acusam os militares cingaleses de bombardeios contra as populações civis e os insurgentes pelo uso dos civis como escudos humanos. A ONU acredita que em quatro meses morreram 7.000 civis na área da ofensiva, o nordeste do Sri Lanka.