O Presidente somalí, Sheikh Mohamud, ofereceu uma amnistia de 45 dias aos membros restantes do grupo rebelde Al-Shabaab anunciando que os que cortam quaisquer laços com o grupo irão ver-se propor cargos no seio do Governo.
“Oferecemos a vida e não a morte”, declarou o Presidente Mohamud num comunicado, quando anunciava a morte de Ahmed Godane, comandante supremo de Al-Shabaab morto durante um ataque aéreo levado a cabo a 1 de Setembro corrente pelos Estados Unidos.
“Um trabalho espera-nos para reconstruirmos a Somália e o Governo garante aos que renunciarem a Al Shabaab uma oportunidade de participar neste esforço. Os que escolherem ficar já conhecem o seu rumo. Al Shabaab está a afundar-se”, declarou o chefe do Estado.
Indicou, na sua declaração, de 5 de Setembro, que a morte de Godane, um banqueiro que financiou a luta radicalizada de Al Shabaab contra qualquer forma de Governo pro-ocidental no território somalí, é uma oportunidade para a paz na Somália.
“Embora ala a radical possa lutar para dirigir Al Shabaab, é uma oportunidade para a maioria dos seus militantes para mudarem de rumo e rejeitarem a decisão de Godane de fazer deles piões desta campanha de terrorismo internacional”, declarou.
Revelou que o Governo somalí está consciente de que a maioria dos apoiantes de Al Shabaab não apoiava a decisão de Godane de continuar os seus ideais extremistas. Na óptica do Presidente Mohamud, a maioria dos combatentes se juntaram a Al Shabaab por causa de falta de dinheiro para sustentar as suas famílias.
“O Governo está disposto a oferecer a amnistia aos que rejeitarem a violência e seus laços com os grupos Al-Qaida e Al-Shabaab nos próximos 45 dias”, declarou.
Uma recente cisão no seio de Al Shabaab favoreceu a rendição de Daud Aweis, um dos fundador do grupo, que foi imediatamente detido pelo Governo e, segundo algumas fontes, a sua decisão de fugir do grupo segue-se a uma cisão no seio do seu alto comando.
As forças americanas levaram a cabo a 1 de Setembro ataques aéreos contra um campo de treino de Al Shabaab na Somália do Sul, utilizando aeronaves teleguiadas ou drones, matando Godane e seus aliados.