Uma ex-autoridade de comunicação do grupo islâmico somali Al Shabaab foi executado publicamente por um pelotão de fuzilamento do governo da Somália nesta segunda-feira por ordenar a morte de seis jornalistas, disseram autoridades da Justiça.
Hassan Hanafi, que organizava entrevistas colectivas para o grupo islâmico ligado à Al Qaeda quando os militantes controlavam a capital Mogadíscio, admitiu durante seu julgamento que matou pessoalmente um jornalista na Somália.
“Hoje, o tribunal completa a execução de Hassan Hanafi, que matou jornalistas”, disse Abdullahi Hassan, vice-juiz do tribunal, a repórteres nesta segunda-feira. Hanafi, usando máscara, foi preso a um poste antes de forças do governo abrirem fogo em campo de execução em um acampamento de treino da polícia, de acordo com testemunhas.
Desde 1992, 59 jornalistas foram mortos na Somália, de acordo com um comité de protecção a jornalistas. O Al Shabaab busca impor sua estrita versão da lei islâmica na Somália, onde frequentemente ataca alvos do governo, assim como hoteis e restaurantes na capital.
O grupo foi expulso de Mogadíscio por forças de paz da União Africana em 2011, mas controla diversas áreas rurais no sul da Somália.