A restituição à liberdade, na segunda feira passada (01), do empresário Bakhir Ayoob, na altura detido sob acusação de ser o mandante dos sequestros na capital do país, continua a inquietar a Polícia. O facto foi manifestado esta Terça-feira (09) pelo porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa.
Cossa disse que a corporação não tem nada contra a decisão da Secção de Investigação Criminal (SIC) do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. Porém, a investigação continua até que se prove em definitivo que Bakhir Ayoob, restituído à liberdade sob termo de identidade e residência, está isento de culpa em relação aos sequestros.
“Continuamos a reunir provas e em devido tempo os senhores (jornalistas) vão saber, em sede do tribunal, qual é o desfecho do processo”, disse o porta-voz, para quem o Comando da Polícia está a trabalhar no sentido de desencorajar o fenómeno que ainda constitui uma ameaça à ordem, segurança e tranquilidade públicas.
E mais, a soltura pelos tribunais, alegadamente por falta de provas, de tantos outros indivíduos considerados culpados, não tira mérito ao trabalho da Polícia.
Entretanto, a restituição à liberdade do empresário Bakhir Ayoob promete fazer correr muita tinha, pois não é a primeira vez que as autoridades policiais fincam pé na posição de que vários elementos foram reunidos durante meses de investigação com vista à detenção formal do visado. Todavia, a SIC do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo invalidou tais averiguações por falta de validade factual.