O Exército nigeriano processou 18 soldados, dos quais um tenente, que comparecem num tribunal marcial por terem ajudado membros da seita islamita Boko Haram e outros insurretos, noticiou, esta Terça-feira (2), a imprensa local.
Os 18 soldados eram membros da Força Militar Conjunta (JTF) no Estado de Borno (norte), considerado como a base espiritual da seita, bem como da JTF em Jos, capital do Estado de Plateau (norte).
O tribunal militar está instalado na sede da terceira divisão armada em Jos. Os reclusos foram objecto de investigações por vários delitos que incluem comunicação com o inimigo, laxismo, bem como morte e homicídio voluntário, entre outros. No entanto, os soldados declararam-se inocentes e não são defendidos por nenhum advogado.
Em Maio último, o chefe do Estado-Maior do Exército, o general Azubuike Ihejirika, queixou-se que alguns soldados davam informações aos terroristas, comprometendo a segurança da nação. Segundo ele, os soldados que divulgaram informações aos terroristas foram detidos e serão julgados por um tribunal militar.
Informações relativas ao movimento do contingente nigeriano no Mali para integrar a Missão Internacional de Apoio ao Mali (MISMA) teriam sido dadas aos terroristas, que montaram uma armadilha aos soldados, matando dois deles na estrada de Okene-Lokoja, no centro da Nigéria.