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Sofala ainda sob apagão eléctrico e de comunicações

Sofala ainda sob apagão eléctrico e de comunicações

Após a passagem do Ciclone IDAI na quinta e sexta-feira a província de Sofala continua sob apagão eléctrico e de comunicações. O silêncio do INGC sobre as vítimas e danos nas infra-estruturas, fonte não oficial indica terem subido para 48 os óbitos, deixa a sensação que o impacto do ciclone de categoria 4 terá sido bem maior do que o previsto, quiçá por isso o Presidente da República encurtou a sua visita de Estado ao Reino de Eswatini para deslocar-se ao Centro de Moçambique. Existe ainda um  “risco alto de cheias nas bacias do Búzi e Púngoè, podendo afectar cerca de cem mil pessoas nestas bacias”.

Mais de 24 horas após do Ciclone Tropical IDAI o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) ainda não conseguiu divulgar um balanço oficial, ainda que inicial, do impacto na Região Centro do país, particularmente na cidade da Beira onde apenas o Governador divulgou existirem pelo menos 19 vítimas mortais.

Em Manica, província que continua sob chuvas fortes, o porta-voz provincial actualizou o número de vítimas de 2 para 5 óbitos, elevando para 24 o número de mortos conhecidos até ao momento.

Entretanto a Televisão de Moçambique indicou que os óbitos ascendem a pelo menos 48 pessoas.

O Presidente da República que havia dito na manhã de sexta-feira (15) que o ciclone deixara “danos materiais muito preocupantes”, encurtou visita de Estado que vinha efectuando ao Reino de Eswatini no domingo e segunda-feira deslocar-se a cidade da Beira e os distritos de Dondo e Nhamatanda em Sofala.

Filipe Nyusi deverá deslocar-se também aos distritos de Chinde, Inhassunge e Maganja da Costa na Zambézia; a cidade de Tete e os distritos de Moatize e Changara em Tete e a cidade de Chimoio na província de Manica

Entretanto apesar do ciclone IDAI ter passado nas últimas 24 horas houve registo de chuva na rede nacional de observação hidroclimatológica, destacando-se as bacias do Buzi em Espungabera (220.6mm); Púngoè na cidade de Chimoio (233.3mm); Save na Vila Fraca do Save (67.8mm) e Massangena (38.4mm).

De acordo com a Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos existe “risco alto de cheias nas bacias do Búzi e Púngoè, podendo afectar cerca de cem mil pessoas nestas bacias”.

O INGC previu que este ciclone pudesse afectar pelo menos 80 mil famílias no entanto pelo menos 1,1 milhão de moçambicanos terão sofrido algum tipo de impacto do IDAI.

“Prevê-se ainda a prevalência de inundações urbanas para as cidades da Beira nos bairros: Alto Manga, Ndunda, Manga Mascarrenha, Vaz, Munhava, Macurrungo, Chipangara, Chaimite (Praia Nova), Maraza, Pioneiros, Matacuane, Mananga, Chota, Muhava, Esturo, Matador, Vila Massane, Maganza, Inhamizua, Chingussura, Nhaconjo, Pontagea e Macuti e Dondo nos bairros: Nhamataca, Chibinde, Mutua e Ponte Rodoviária”, indica o mais recente Boletim hidrológico nacional.

Para as próximos horas o Instituto Nacional de Meterologia prevê a continuação de chuvas fortes a muito fortes (mais de 150 milímetros em 24 horas), ventos com rajadas fortes até 70 quilómetros por hora e trovoadas severas nas províncias de Sofala (todos os distritos), Manica (todos os distritos), Tete (distritos de Changara, Mutarara, Doa, Marávia, Chifunde, Marara, Zumbo, Cahora Bassa, Moatize, Chiuta e Cidade de Tete), Inhambane (distritos de Govuro, Inhassoro, Vilankulo, Mabote, Funhalouro e Massinga) e Gaza (Massangena, Chicualacuala e Mapai). Esperas-se também chuvas fracas a moderadas acompanhados por vezes de trovoadas nas províncias da Zambézia e Niassa.

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