As autoridades moçambicanas actualizaram para 38 o número de vítimas mortais do Ciclone Kenneth que na passada quinta-feira (25) vários distritos da Província de Cabo Delgado, contudo o primeiro-ministro disse que “deve haver mais problemas” pois ainda as autoridades ainda não conseguiram “chegar a locais recônditos”.
As novas vítimas mortais foram descobertas no Distrito de Macomia, local por onde o Kenneth entrou em Moçambique e devastou todas as mais de 27 mil habitações existentes e desalojando centenas de milhares de pessoas.
Continuavam isolados por terra os distritos de Muidumbe, Mueda, Mocímboa da Praia, Palma e Nangade devido as cheias que as chuvas que não dão tréguas trouxerem mantendo em risco 168 mil pessoas na Província de Cabo Delgado.
Na Cidade de Pemba o drama agrava-se em todos os bairros que estão inundados desde sábado. A chuva que voltou a cair, e segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, continuará a fustigas a capita de Cano Delgado coloca em risco de desabamento ou danos por erosão ainda mais habitações e infra-estruturas públicas.
Dados do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades divulgados nesta segunda-feira (29) indicam que mais de 36 mil casas foram de alguma forma danificadas, 193 salas de aulas e 14 unidades sanitárias também ficaram afectadas assim como 31 mil hectares de culturas alimentares pelo segundo ciclone que fustiga Moçambique em 2019, o primeiro em mais de uma década em Cabo Delgado.
Porém o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário disse a jornalistas que “Em Macomia deve haver mais problemas e não conseguimos chegar a (Ilha do) Ibo. Hoje, de manhã, entramos no avião, mas por causa do estado do tempo não conseguimos chegar a Ibo”, pois as autoridades governamentais ainda não conseguiram “chegar a locais recônditos”.