Os presidentes de Moçambique, Armando Guebuza, e de Cabo Verde, Pedro Pires, manifestaram, segunda-feira, em Maputo, a sua preocupação com a situação político-militar prevalecente na Guiné-Bissau, sublinhando a necessidade de uma acção coordenada para o restabelecimento de um clima de paz e estabilidade naquele país da costa ocidental de África.
Discursando, em Maputo, durante um jantar por ocasião da visita oficial de três dias que o presidente cabo-verdiano efectua a Moçambique, os dois estadistas anotaram que a situação na Guiné-Bissau cria enormes constrangimentos para o povo daquele país e não só.
“Registamos com preocupação o clima de tensão e insegurança que se vive na Guiné-Bissau”, disse Guebuza, encorajando a liderança guineense no sentido de prosseguir com os seus esforços para o restabelecimento de um clima de concórdia e paz no país.
Guebuza assegurou o pleno apoio de Moçambique a todo um conjuntos de iniciativas para restaurar a estabilidade e paz na Guiné-Bissau.
Por seu turno, Pedro Pires disse que a situação na Guiné-Bissau exige uma coordenação política dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOPs).
“Preocupa-nos a situação na Guine Bissau…. Revela-se de grande pertinência a coordenação política no seio dos Países de Língua Portuguesa”, disse o estadista cabo-verdiano, vincando a necessidade de se trabalhar de forma concertada para ultrapassar o problema.
A situação político-militar na Guiné- Bissau polarizou as atenções da reunião de ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que teve lugar, semana passada, em Brasília, capital brasileira.
Na ocasião, os ministros da Defesa da CPLP acordaram sobre a necessidade de “reformar o sector de segurança e defesa da Guiné-Bissau”.
