O sistema financeiro moçambicano está a registar um crescimento contínuo tendo sido autorizados a entrar em funcionamento 459 balcões até Junho do corrente ano dos quais 374 já estão a operar, cobrindo um total de 52 distritos, correspondente a uma taxa de cobertura nacional de 40,6 por cento.
Dados divulgados pelo Banco de Moçambique, dão conta de que, excluindo as capitais provinciais e considerando os 128 distritos que compõem o país, o número de balcões autorizados para operar até Junho foi de 107 para um total de 56 distritos dos quais 84 já estão a funcionar.
Esta evolução, de acordo com os dados do primeiro semestre de 2010 que a AIM teve acesso, foi acompanhada pelo incremento dos meios alternativos de pagamento, tais como o número de caixas de pagamento electrónico (ATM’s), que subiu para 665 unidades, número que corresponde a um crescimento de 20,3 porcento comparativamente a igual período de 2009.
No período em apreço, os meios de pagamento (POS) também registaram uma evolução, tendo o número aumentado para um total de 4.976 unidades contra 4.223 unidades existentes nos primeiros seis meses de 2009.
O volume de cartões electrónicos emitidos aumentou em 47,1 por cento relativamente aos primeiros sei meses de 2009 passando para pouco mais de 2.024.046 mil dos quais 95.9 por cento são de débito e os remanescentes de crédito, tendo o volume de cartões aumentado em 33,9 por cento em termos acumulados.
De acordo com os dados, o volume de cheques usados nas transacções financeiras no segundo trimestre de 2010 foi de 918 mil, o que representa uma redução anual em 0.5 por cento. Comportamento contrário verifica-se em relação ao montante movimentado através deste meio de pagamento que registou um aumento em 18.189 milhões quando comparado com Junho de 2009.
Em termos médios, os dados destacam que o sistema bancário nacional continua a registar um bom nível de capitalização preservando, por isso, um bom potencial para a expansão da carteira de crédito porque o rácio da solvabilidade está acima do mínimo (8 por cento) estabelecido pelo Banco Central.
O sistema continua a registar índices de rentabilidade ao nível dos resultados, facto que tem contribuído, sobretudo entre os grandes bancos, para as constantes renovações em alta dos níveis de capitalização.
O grande desafio para o Banco Central é prosseguir com a expansão da rede de cobertura para todo o território nacional, com maior enfoque nos distritos que são as zonas onde a rede é fraca e, nalguns casos, inexistente.