O sistema financeiro moçambicano registou, no presente ano, uma evolução significativa, segundo o Banco de Moçambique, o emissor. Segundo o Administrador deste banco, Waldemar de Sousa, excluindo as capitais das 11 províncias moçambicanas, foi autorizada a instalação de 88 balcões para operarem em 53 distritos dos quais 65 já estão em funcionamento, facto tido como satisfatório.
Este sistema cobre actualmente 44 distritos, dos 128 existentes, o correspondente a uma taxa de cobertura nacional de 34,4 porcento. Waldemar de Sousa disse que a aposta do Banco de Moçambique continua a ser a de alargar a rede de cobertura dos serviços financeiros nacionais e reduzir os custos intermédios das transacções bancárias.
“Temos em vista a criação da Sociedade Interbancária de Serviços para melhorar e modernizar as condições de trabalho e ao mesmo tempo continuar a monitorar os efeitos e sua propagação no mercado financeiro”, disse Waldemar de Sousa. O sistema bancário nacional, segundo o administrador, continua com nível de capitalização altamente concentrado e dominado pelos maiores bancos do sistema.
O rácio de solvabilidade registou, no último trimestre de 2009, uma diminuição de 2,5 por cento face aos 18,1 registados no trimestre anterior. Dados do Banco de Moçambique, em poder da AIM, indicam que o rendimento do sistema tem vindo a diminuir e que a Rendibilidade de Capitais Próprios (ROE) passou de 44,3 por cento para 37 por cento e a dos Activos Médios também desceu de 3,6 por cento para 3,1 por cento, entre Junho e Setembro de 2009.
O número de ATM’s em funcionamento cresceu em 22,2 por cento, passando para um total de 572 unidades. O volume de cartões electrónicos emitidos internamente também aumentou em 12,2 por cento, passando para pouco mais de 1.480 mil dos quais cerca de 96 por cento são de crédito e os restantes de débito.