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Síria solta dissidente e mais de mil presos durante os protestos

A Síria libertou esta terça-feira o proeminente dissidente Kamal Labwani e outros mil prisioneiros, segundo a filha dele e a mídia estatal, num momento em que o governo sírio está sob crescente pressão diplomática por causa de sua repressão aos manifestantes pró-democracia.

Labwani, de 54 anos, foi solto depois de ter cumprido menos da metade da pena de 15 anos de prisão a que havia sido condenado pela acusação de ter incitado um país estrangeiro a invadir a Síria e insultado o presidente Bashar al-Assad. A filha de Labwani, Hind, disse à Reuters que ele estava bem, mas não estava a par da dimensão da insurreição contra o regime de Assad, que desde março vem se espalhando pelo país. “Ele não tinha permissão para ler, ver ou escutar nenhuma mídia”, afirmou Hind à Reuters por telefone, da sua casa na cidade turística de Zabadani, na montanhosa fronteira com o Líbano.

A agência oficial de notícias da Síria informou que 1.180 pessoas detidas durante a revolta também foram soltas esta terça-feira. No entanto, entidades de defesa dos direitos humanos dizem que dezenas de milhares de pessoas detidas por motivos políticos desde o início dos protestos continuam presas e há milhares de desaparecidos.

Labwani, que é médico, foi preso no aeroporto de Damasco em 2005 quando voltava de Washington, onde disse que havia participado de uma reunião sobre direitos humanos com funcionários da Casa Branca, e condenado a 12 anos de trabalhos forçados por incitar à invasão do país. Em 2008 ele foi condenado a mais 3 anos de prisão depois que seus companheiros de prisão disseram tê-lo escutado insultar Assad, que governa a Síria desde a morte do pai, o presidente Hafez al-Assad, em 2000.

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