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Síria aprova nova Constituição no meio da violência

A artilharia síria bombardeou áreas controladas pelos rebeldes em Homs, Segunda-feira, quando o governo do presidente Bashar al-Assad anunciou que os eleitores haviam aprovado uma nova Constituição num referendo classificado como uma fraude por críticos dentro e fora do país.

Enquanto as potências estrangeiras discutiam sobre armar ou não os rebeldes, o Ministério do Interior sírio informou que a Constituição modificada, que poderá manter Assad no poder até 2028, recebeu 89,4 por cento de aprovação dos mais de 8 milhões de eleitores.

Os dissidentes sírios e líderes ocidentais classificaram a votação de Domingo como uma farsa, conduzida no meio da agitação mais sanguinolenta do país em décadas.

Assad, porém, diz que a nova Constituição levará a eleições multipartidárias dentro de três meses. As autoridades estimaram o comparecimento às urnas em 60 por cento.

Os diplomatas que percorreram locais de votação em Damasco, entretanto, viram apenas poucos eleitores.

No mesmo dia, pelo menos 59 pessoas morreram no meio da violência que assola o país. O exterior tem se mostrado impotente para interromper a matança na Síria, onde a repressão aos protestos que inicialmente eram pacíficos levou a uma insurreição armada por desertores do Exército e outros.

O Catar uniu-se à Arábia Saudita ao defender que se armem os rebeldes sírios, já que a Rússia e a China vetaram duas vezes uma acção pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Acho que devemos fazer o que for necessário para ajudá-los, incluindo dar armas para que eles se defendam”, disse o primeiro-ministro catariano, o xeique Hamad bin Jassim al-Thani, em Oslo.

Os países árabes deveriam ajudar a liderar uma força militar para proporcionar um lugar seguro para as forças anti-Assad dentro da Síria, acrescentou ele.

Assad diz que ele está a combater “grupos terroristas armados” apoiados pelo exterior e seus principais aliados – Rússia, China e Irão – opõem-se ferozmente a qualquer intervenção externa com a intenção de acrescentar o líder do país à lista dos autocratas árabes derrubados pelas revoltas populares no ano passado.

A China classificou a política norte-americana na região de “superarrogante” e Vladimir Putin, da Rússia, advertiu contra qualquer acção que passe por cima do Conselho de Segurança da ONU, onde Moscovo tem poder de veto.

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