O Presidente do Município de Maputo, David Simango, disse na terça-feira que a edilidade tem todo o dinheiro necessário para cumprir com o seu mandato de cinco anos iniciado em Fevereiro passado.
Falando à jornalistas, momentos após a deposição de uma coroa de flores no Monumento dos Heróis Moçambicanos por ocasião da celebração dos 122 anos da capital moçambicana, Simango disse que a edilidade já tem garantido o orçamento de cerca de 375 milhões de dólares necessário para o cumprimento do seu plano. “Estamos preparados para cumprir o nosso mandato”, disse ele, sublinhando que “as condições estão ai, o necessário agora é correr com o tempo”.
Aquando da sua elevação a categoria de cidade, há 122 anos, Maputo estava projectada para albergar cerca de 200 mil habitantes, mas hoje acolhe cerca de 1,09 milhão de pessoas (segundo dados estatísticos da edilidade), além de tantas outras das vizinhas províncias de Maputo e Gaza que exercem as suas actividades diárias na cidade das “acácias”. No seu contacto com a imprensa, Simango reconheceu que a maior cidade do país ainda enfrenta alguns problemas, mas preferiu os tratar como desafios. Ainda assim, ele disse que a cidade está a crescer, particularmente no período depois da independência nacional (proclamada em 1975) e do fim da guerra civil dos 16 anos (em 1992).
Simango esquematizou os desafios em três domínios, sendo o primeiro o de prover os cidadãos de infra-estruturas básicas de sobrevivência, como hospitais, vias de acesso, electricidade, saneamento do meio, entre outras. Outros desafios têm a ver com a necessidade de tornar o Município sustentável e a capacitação do pessoal da edilidade de modo a servir melhor os munícipes. “Nas avaliações que fizemos, através de inquéritos, temos notado que a nossa instituição não é digna de servir os munícipes. Então, temos o desafio da capacitação institucional para melhor servirmos os munícipes.
Há queixas de mau atendimento de pessoas, problemas de gestão do solo urbano, de conflitos nos condomínios, entre outros”, disse Simango. Ainda na terça-feira, e no âmbito das celebrações do 122º aniversário da cidade de Maputo, comemorado sob o lema; “Maputo: 122 anos reforçando e o orgulho da cidadania municipal”, Simango inaugurou a continuação da Rua da Resistência, uma das principais artérias que dá acesso ao Centro da cidade a partir do bairro suburbano da Maxaquene.
Trata-se de um pequeno troço de apenas 700 metros (com outros 150 metros que ligam esta rua a uma perpendicular que desagua na Avenida Vladimir Lenine) que inicia da Avenida Joaquim Chissano (ainda em reabilitação e ampliação) até a Escola Industrial, localizada no bairro da Maxaquene. Este pequeno troço, há muito tempo esquecido pelas autoridades municipais, foi reabilitado há 15 dias com o propósito de ser inaugurado no Dia da Cidade.
“Há 15 dias coloquei o desafio ao empreiteiro para pôr esta rua como está agora”, disse Simango, falando aos residentes daquele bairro momentos após o corte da fita inaugural da via de acesso, acrescentando que “eu tencionava entregar esta rua no dia da nossa cidade como presente aos residentes desta zona”.
Os custos das obras fazem parte dos 25 milhões de dólares do orçamento global da reabilitação e ampliação da Avenida Joaquim Chissano cujas obras estão na responsabilidade da empresa CMC.