A empresa SGS abortou, na quarta-feira, 23 de Julho, uma tentativa de comercialização ilegal de 186 quilogramas de ferrocromo, ocorrida nas instalações de uma sucata no bairro de Chamanculo, cidade de Maputo. O material apreendido corresponde a amostras de minério, recebidas pela própria SGS, para efeitos de análise laboratorial no âmbito dos seus procedimentos técnicos de certificação de qualidade.
Trata-se de produto descartado que deveria seguir à incineradora e o motorista, à revelia da empresa, o desviou. A operação resultou da activação dos mecanismos internos de controlo da SGS, que permitiram detectar movimentações suspeitas, envolvendo um dos seus motoristas.
Este colaborador, agindo à revelia das normas da empresa, foi surpreendido na posse do referido material, sem qualquer autorização da empresa, quando ia descarregar na empresa de sucata, usando para o efeito uma carrinha da SGS, devidamente identificada e monitorada por um sistema de rastreamento de viaturas via satélite.
O acto constitui, segundo a empresa, uma “violação grave das normas internas”, não reflectindo “em nenhuma circunstância os valores, práticas ou orientação da SGS”. Após detectar a irregularidade, a SGS accionou de imediato as autoridades policiais, tendo participado formalmente o caso e colaborado activamente nas diligências subsequentes.
O material apreendido foi inicialmente encaminhado à 18.ª Esquadra, estando agora o processo a ser transferido para a 7.ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM). Segundo fontes da empresa, as amostras em causa já haviam cumprido a sua função analítica, sendo normalmente descartadas por empresas especializadas, mediante certificação própria.
A tentativa de comercialização num circuito informal levanta sérias preocupações sobre integridade e segurança no manuseio de resíduos laboratoriais. A SGS reafirma o seu compromisso com a legalidade, a transparência e a integridade, sublinhando que continuará a colaborar com as autoridades competentes até ao esclarecimento cabal dos factos.
