Até 2017, Moçambique deverá exportar cerca de 10 milhões de toneladas/ano de carvão mineral para abastecer as indústrias de aço e de geração de energia eléctrica na Índia, segundo a Jindal África, firma indiana concessionária de jazigos daquele recurso na região de Changara, província de Tete.
A companhia prevê iniciar a produção de carvão de Changara em Janeiro de 2013, segundo afirma ter apurado o Correio da manhã junto de Stélio Matavel, coordenador das actividades mineiras da Jindal África, realçando que desde a sua implantação no país, em 2008, a firma investiu pouco mais de 180 milhões de dólares norte-americanos em trabalhos de pesquisa e edificação de infra-estruturas para assegurar a viabilização daquele objectivo.
Refira-se que a Jindal África é uma empresa subsidiária da Jindal Steel & Power, uma multinacional indiana que lidera a produção de aço e produtos energéticos no mundo.
A produção de carvão de Changara destina-se unicamente a abastecer várias unidades produtivas pertencentes à sua empresa-mãe na Índia, de acordo ainda com Matavel, realçando, entretanto, que a sua presença, em Moçambique, vai culminar com a “transferência de tecnologias, experiência e geração de mais empregos no país”.
No continente africano, a Jindal África opera em várias actividades de mineração e espera gerar cerca de um bilião de dólares norte-americanos nos próximos cinco anos.
A sua empresa-mãe, Jindal Steel & Power, emprega mais de 50 mil pessoas em todo o mundo e é detentora da maior fábrica de ferro movida a carvão mineral na Índia.
