Os rebeldes separatistas do grupo MNLA, do Mali, anunciaram na quinta-feira no seu site o fim da sua luta pela criação de um Estado independente na região de Azawad (norte), por entenderem que seu objetivo foi alcançado.
O Movimento Nacional de Libertação de Azawad, lutando em aliança com militantes islâmicos que desejam impor a sharia (lei religiosa), varreram o norte do Mali na semana passada, expulsando as forças governamentais das províncias de Kidal, Gao e Timbuktu, onde o MNLA diz desejar formar um país, habitado por tuaregues.
No seu site, o mnlamov.net, o grupo diz que “decide unilateralmente declarar o fim das operações militares a partir de quinta-feira, 5 de abril”.
As forças do governo malinês estão em crise depois de um golpe de Estado em Bamako, mas a nota do MNLA indica que o grupo separatista não pretende avançar para o sul a partir das suas atuais posições.
A Ansar Dine, força islâmica aliada do MNLA, diz que deseja impor a Sharia em todo o Mali, e até agora não estabeleceu limites ao seu avanço. O MNLA tem uma relação tensa com o Ansar Dine, potencialmente mais poderoso militarmente.
Analistas dizem que os dois grupos podem em breve entrar em confronto por terem objetivos conflitantes.
A nota do MNLA pede à comunidade internacional que proteja Azawad, mas nações africanas e órgãos internacionais rejeitam unanimemente a possibilidade de secessão do norte malinês.