A oposição à família real do Kuweit, agora maioritária no Parlamento, não chegou a um acordo, esta Terça-feira, sobre a partilha dos ministérios, o que deve gerar mais discórdia no país petrolífero, comprometendo o andamento de reformas democráticas e projectos de desenvolvimento.
O novo gabinete foi formado apenas com um representante da oposição, que formou, este mês, a maioria parlamentar no Kuweit.
Hani Hussein, ex-director da estatal petrolífera local, tornou-se ministro do Petróleo, enquanto o xeique Ahmed al-Khaled al-Sabah, ex-chefe de gabinete do governo, assumiu a pasta da Defesa.
Os ministros do Interior, xeique Ahmed al-Hamoud al-Sabah, e das Finanças, Mustapha al-Shamali, permaneceram no cargo.
Pela Constituição, o novo gabinete precisa de ser formado até duas semanas depois das eleições, e antes da primeira sessão legislativa, marcada para Quarta-feira.
Havia a expectativa de que a monarquia kuweitiana incluiria mais deputados no gabinete para tentar impedir atritos entre o Parlamento e o governo.
Mas não houve acordo com os recém-eleitos parlamentares de oposição. O governo ofereceu quatro ministérios (dum total de 16) à oposição, que, no entanto, exigia nove pastas.
Isso inviabilizou qualquer acordo, disse o jornal local Al Qabar, esta Terça-feira. Pela primeira vez desde 2006, não há mulheres no gabinete. Também não há nenhuma deputada. A legislatura passada tinha quatro.