Quando o assunto são as obras públicas, neste país, surgem sempre duas questões: os atrasos e a corrupção. Atrasos porque a maioria das nossas obras nunca termina em tempo útil; e corrupção, devido aos esquemas que estão por detrás destas obras nos concursos públicos. Outro pormenor que apoquenta as nossas obras públicas é a falta de responsabilização dos empreiteiros incompetentes que “burlam” o Estado e fogem antes de as obras terminarem ou depois de executá-las de forma defeituosa.
Porém, desta vez quero falar de duas obras que decorrem em duas conhecidas praças da cidade de Maputo. O facto é que foram precisos mais de três meses (no mínimo) para sabermos de que obras se tratava no “Xiquelene”, mesmo sem ter a ilustração da futura instalação na placa lá colocada.
Num caso igual, vemos somente uma vedação de rede na Praça da OMM e desconhecemos o que ali se passa, pois não existe nenhuma placa, nenhuma indicação e muito menos a ilustração da futura obra.
O mais agravante nessas duas obras é mesmo a Praça dos Combatentes que vai completar quase um ano sem terminar. A estrutura ali montada já começa a enferrujar devido à chuva e a placa da obra somente informa-nos sobre a data de início, mas não mostra o seu fim.
No caso recente, fomos confrontados com a má execução das obras da Avenida Julius Nyerere, que foram entregues a um empreiteiro que ludibriou o município de Maputo e, aliado a isso, na mesma obra, até à presente data, não se vislumbra melhorias significativas, embora tenha um novo construtor.
Como munícipes desta cidade, pensamos que é preciso conhecermos as obras que são aqui erguidas, conhecer os seus custos e prazos para uma monitoria efectiva da governação municipal e não só.
Um caso semelhante regista-se no Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, que não nos mostra a ilustração das futuras instalações daquele edifício e seremos colhidos de surpresa.
Por Dércio Tsandzana