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SELO: Do grito de socorro que vem do Hospital Geral José Macamo – Por Miguel Luís

Quando a semana passada chegava ao fim, como ao fim de tantas outras, olhava atentamente a actualidade nacional e questionava-me sobre que tema reflectir nesta coluna que já leva mais de uma dezena de reflexões chegou ao meu poder, vindo do interior de uma das principais unidades hospitalares do país, um grito de socorro.

Sendo um problema que coloca em causa a vida dos utentes daquela unidade hospitalar e dos respectivos profissionais de saúde, a minha consciência obrigou-me a dar voz a esses tantos com as cordas vocais esgrimidas pelo sistema e chamar atenção às autoridades competentes e à sociedade para que tal estado das coisas não se perpetue.

A saúde é o principal pilar de todas as sociedades. Por mais que uma determinada sociedade tenha um alto índice de desenvolvimento, se este não se reflectir num forte investimento na saúde dos seus membros estaremos perante um contínuo risco de extinção da sociedade em causa.

Por isso, é preocupante a situação em que os profissionais de saúde são deixados a sua sorte e são obrigados há tantos meses consecutivos a usar um par de luvas para, no mínimo, cinco intervenções cirúrgicas, expondo-os a todo tipo de infecções, ferindo os principais deveres de higiene e do zelo pela saúde humana.

Esta situação, que pelo que me constou do referido grito de socorro não acontece apenas no Hospital Geral José Macamo, constitui um grave atentado à saúde pública. Por isso, preocupado com os danos que esta situação pode provocar, encorajo ao Ministério da Saúde a procurar uma solução o mais rápido possível para este problema e a comunicação social a desenvolver este tópico como modo de pressionar o sector em causa para que tal situação não se perpetue nem se torne habitual no nosso país.

Por Miguel Luís

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