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Seis lançadores de morteiros entre as armas dadas como perdidas

Numa lista de armamento desaparecido dos arsenais militares no ano passado, enviada ao parlamento pela ministra da Defesa, Lindiwe Sisulu, constam três lançadores de morteiros anti-tanque de 88 milímetros, dois lançadores de morteiros de 40 milímetros, um lançador de morteiros de 70 milímetros, cinco granadas de morteiro (uma de 81 milímetros e quatro de 60 milímetros), seis espingardas 0,22, uma de calibre 7,70, sete de calibre 7,62, seis pistolas de calibre 5,56 e cinco de calibre 9 milímetros.

Em reacção, deputados da oposição consideraram os desaparecimentos “altamente alarmantes”, questionando- se sobre as razões que teriam levado a furtos de material pesado, algum dele capaz de destruir carros blindados e penetrar paredes de edifícios.

Exigindo maior controlo sobre as armas armazenadas nas instalações militares, Pieter Groenewald, deputado da Freedom Front Plus (na oposição), chamou a atenção para 87 espingardas automáticas de calibre 7,62 e outras 47 de calibre 5,56 que constam da lista de material furtado desde 2007, realçando que esses são os modelos de armas mais utilizados nos assaltos a viaturas de transporte de valores e que, por inferência, os autores dos assaltos poderão estar a ser abastecidos por fontes internas nas forças armadas.

“A questão que se coloca é: com que objectivo é que os que têm tais armas as usam? O que será que alguém pensará fazer com lançadores de morteiros?”, questionou o deputado.

A ministra Sisulu garantiu que todos os esforços estão a ser feitos para garantir a segurança dos arsenais militares.

“No que respeita a perdas, inspecções regulares são conduzidas como parte dos regulamentos das unidades com vista ao controlo efectivo dos armamentos”, garantiu a ministra.

Embora alguns dos modelos sejam antigos e mais prováveis como peças de museu, tais como os lançadores de morteiros (ou bazucas) de 88 milímetros, outros artigos, como as granadas de morteiro de 70 milímetros, são apenas utilizados nos helicópteros de ataque “Rooivalk” da Força Aérea, o que intriga alguns analistas.

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