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Segurança extrema e plano de fuga em caso de terremoto na reunião do G8

As autoridades italianas organizaram um forte esquema de segurança para a cúpula do G8, que acontece entre os dias 8 e 10 de julho na cidade de L’Aquila (centro), incluindo também um plano de evacuação com helicópteros para os líderes mais poderosos do mundo em caso de ocorrência de terremotos.

Os participantes da cúpula, entre eles algumas dezenas de chefes de Estado e governo convidados e cerca de 1.000 pessoas, serão evacuados caso haja um tremor mais forte que 4 graus, explicou à AFP a Defesa Civil italiana. A evacuação foi decidida depois de análises feitas no terreno de 45 hectares e na estrutura da imensa escola militar Copito, onde acontecerá a cúpula, terem comprovado que o prédio seria capaz de resistir a terremotos de até 4 graus, segundo a mesma fonte.

Em 6 de abril deste ano, um devastador terremoto de 5,8 graus arrasou o centro histórico da cidade de L’Aquila, causando 299 mortes e deixando mais de 70.000 sem ter onde morar. Desde então, várias réplicas do tremor foram registradas pelos sismógrafos na região montanhosa de Abruzos, algumas de magnitude superior a 5 graus. Na última sexta-feira, um tremor de magnitude 4,1 foi sentido na região. Seu epicentro foi localizado a apenas 1 quilômetro de distância da escola militar.

A proposta de mudar a sede da cúpula da ilha mediterrânea da Sardenha para L’Aquila foi feita pelo chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, poucas semanas depois do terremoto, e aceita pelos outros países do G8: Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Japão, França, Canadá e Reino Unido. Ao todo, 15.000 policiais e militares foram mobilizados para garantir a segurança da reunião, principalmente na chamada “zona vermelha”.

Agentes e carabinerios vigiam também áreas cruciais de Roma, onde várias manifestações foram marcadas por movimentos antiglobalização. As autoridades italianas querem evitar que se repita a tragédia ocorrida durante a cúpula do G8 de 2001, em Gênovas, que terminou com a morte de um jovem durante enfrentamentos entre a polícia e manifestantes. Franco-atiradores de elite ficarão espalhados ao longo do trajeto de 120 quilômetros por onde os líderes do G8 passarão, assim como no centro histórico de L’Aquila, que será visitado por alguns deles.

Em caso de terremoto, os chefes de Estado e governo serão evacuados imediatamente em helicópteros, enquanto vários aviões serão mantidos em posição de prontidão em pistas próximas à escola militar para levar as delegações. Um plano B também foi esquematizado, e prevê a realização da cúpula no Instituto Superior de Polícia da capital, não muito distante da sede da chancelaria italiana.

Alguns chefes de Estado, entre eles o presidente americano, Barack Obama, ficarão hospedados em Roma e irão diariamente a L’Aquila de helicóptero, enquanto outros serão recebidos no próprio quartel da escola, especialmente reformado para a ocasião. Aviões de caça patrulharão o espaço aéreo, e pela primeira vez serão utilizados aviões não tripulados “Predator” dentro do território nacional. Por fim, as autoridades ordenaram a suspensão do Tratado de Schengen, que prevê a livre circulação de cidadãos dentro das fronteiras dos países da União Europeia (UE) até o dia 15 de julho.

Cidadãos europeus que desejarem entrar na Itália entre os dias 28 de junho e 15 de julho deverão passar pelo controle de fronteira, onde deverão apresentar o passaporte ou o documento de identidade.

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