O secretário-geral da Confederação sul-africana dos Sindicatos (Cosatu), Zwelinzima Vavi, foi obrigado a reforçar a sua equipa de segurança devido às crescentes ameaças de morte que tem recebido.
“Estou com medo. Esta situação tornou-se pública há três anos e parece que as pessoas que me têm ameaçado andam à solta e prontas para cumprir a missão”, disse Vavi à Rádio Eyewitness, nesta segunda-feira.
Na referida entrevista, Vavi contou que começou a receber as ameaças de morte em 2010, quando teve a informação de que iria “cair”. Caso idêntico aconteceu com o antigo vice-ministro da Saúde, Molefi Sefularo, que viria a perder a vida num acidente de viação. Na sua opinião, a morte de Sefularo teria sido orquestrada pois o mesmo teria contado à polícia sobre o que se estava a passar. Porém, apesar disso, nada foi feito.
No ano passado, depois do congresso da Cosatu, a contra-inteligência sul-africana informou-lhe de que os serviços secretos iranianos planeavam envenená-lo. “Fui informado de que uma tentativa de assassinato estava a ser orquestrada pela inteligência iraniana e que um indivíduo pertencente a uma organização não-governamental, que trabalha estreitamente com a Cosatu, tinha sido contratado pelos iranianos para me envenenar”.
Questionado sobre as razões pelas quais o Irão pretendia vê-lo morto, Vavi disse não conhecê-las e achou estranho uma vez que a Cosatu goza de boas relações de amizade com o Irão. “Vários meses passaram e os serviços de inteligência nada me dizem a respeito deste assunto”.
De referir que o secretário-geral da Cosatu está em processo de investigação interna devido às alegações de corrupção verificadas durante a venda dos escritórios centrais da Central Sindical.