Segunda-feira, o mundo celebrou o dia mundial de água e houve cerimónias e promessas a todos níveis, desde aquelas de vamos dar mais água visto que é nossa função como governo, inaugurações de pequenos sistemas e ate fontanários ao nível dos bairros, caso de Icidua, arredores de Quelimane.
Enquanto os dirigentes da província, desdobravam-se em discursos e até instrumentalizar pessoas para dizer que sim o governo esta a trabalhar no abastecimento de água, do outro lado, vem vozes de pessoas que precisam de água há bastante tempo e que vê este mesmo governo como um governo de promessas que não chega a cumprir. O exemplo, veio da própria secretaria do bairro Novo, Fernanda Marques, que diz estar cansada com as promessas do governo nesta área de abastecimento de água.
Não tendo outra, a Secretaria chamou a comunicação social para mostrar o seu desagrado face a este problema. “Estou cansada de pedir aos governantes que bairro novo precisa de água, mas sempre dizem que vão fazer e ate hoje não temos água”-disse a Secretaria do bairro novo, para quem “neste momento mais de cento e cinquenta famílias estão sem água e já se registam os primeiros casos de diarreia no bairro”-rematou. Num outro passo, a fonte explicou a comunicação social que o cenário da falta de água não é único naquele bairro que a edilidade atribuiu terrenos.
A questão de saneamento do meio é uma dor de cabeça. Ela explicou que aquele bairro as pessoas foram atribuídos talhões pelo Conselho Municipal de Quelimane, sem que antes tivessem sido criadas condições de saneamento do meio, vias de acesso, água potável e entre outras coisas da vida das pessoas. “Vivemos mal e há famílias que não tem latrinas e usam as do vizinho e por vezes roubam para fazer necessidades básicas”-disse a fonte para depois sublinhar que “ a edilidade só deu talhões, mas falta muita coisa no bairro”-concluiu.