O britânico Sebastian Coe, eleito novo presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) nesta quarta-feira, afirmou que alcançou o auge da sua trajetória no desporto e prometeu tolerância zero contra o doping.
“Comecei a correr aos 11 anos, depois tive o gosto de entrar num estádio, a concorrer nas Olimpíadas, de ser parte da organização dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Isto agora é fechar com chave de ouro”, afirmou o dirigente, de 58 anos, na primeira conferência de imprensa após o pleito.
Presidente do Comité Olímpico Britânico, Coe garantiu que durante o seu mandato, fará todos os esforços possíveis “para manter os valores, legados e bases que Lamine Diack (o seu antecessor) estabeleceu”.
Campeão olímpico na prova dos 1.500 metros dos Jogos de Moscovo, em 1980, e Los Angeles, em 1984, prometeu que o combate ao doping será uma de suas prioridades. “É muito importante esta luta, mas não quero que se pense só no atletismo, porque é um problema universal de todos os desportos”, disse o novo presidente da IAAF.
Durante a campanha eleitoral, Coe defendeu a necessidade de que seja criada uma agência anti-doping independente da federação de atletismo, para dar maior credibilidade aos exames realizados dentro e fora de competições.
“Defendi isso, o que não questiona a capacidade das nossas equipas, mas devemos reconhecer que há uma opinião, generalizada, de que há lacunas. Provavelmente, um sistema independente vai permitir que se acabem as dúvidas”, explicou o britânico.
Coe ainda apontou como prioridade o trabalho com federações e governos nacionais, para seguir ampliando a formação de jovens atletas. De acordo com o presidente da IAAF, é preciso que o “atletismo siga tendo um papel vital nas escolas”.
O ex-corredor foi eleito nesta quarta-feira no 50º Congresso da Federação Internacional, que acontece em Pequim, na China. Coe levou a melhor sobre o ucraniano Sergey Bubka, por 115 votos contra 92 do ex-saltador com vara.
Ele é o primeiro britânico eleito para a IAAF, desde que Lorde Burghley comandou a entidade entre 1946 e 1976. O senegalês Lamine Diack, por sua vez, deixa agora o cargo que ocupou durante 16 anos.
