Michael Schumacher anunciou, esta Quinta-feira (4), que, aos 43 anos, vai aposentar-se pela segunda vez da Fórmula 1, após uma frustrante passagem pela Mercedes.
A equipe havia anunciado, semana passada, que o heptacampeão mundial, que tem o recorde de 91 vitórias numa carreira iniciada em 1991, será substituído a partir de 2013 por Lewis Hamilton, que deixa a McLaren.
O piloto alemão disse a jornalistas no circuito de Suzuka, esta Quinta-feira, que a decisão trouxe-lhe alívio. “Decidi aposentar-me no final do ano, embora ainda esteja capaz de competir com os melhores pilotos por aí”, afirmou Schumacher, a ler uma nota.
“Mas, em determinado momento, é bom dizer adeus. E é isso que estou a fazer aqui… e desta vez pode até ser para sempre”, sorriu. Schumacher aposentou-se pela primeira vez no final de 2006, depois de conquistar cinco títulos consecutivos com a Ferrari desde 2000, somando-se a dois outros conquistados com a Benetton em 1994 e 1995.
Mas o mais vitorioso piloto em 62 anos de história da F1 não resistiu à tentação de voltar às pistas, o que ocorreu depois que a Mercedes adquiriu a equipe Brawn, então campeã mundial, em 2009.
Schumacher assim reencontrava-se com o seu amigo Ross Brawn, ex-director-técnico da Ferrari, agora chefe da Mercedes. Mas eles não foram capazes de retomar o sucesso da parceria.
Nas suas últimas três temporadas, Schumacher subiu ao pódio apenas uma vez, com o terceiro lugar deste ano em Valência. Das 14 provas já disputadas este ano, ele abandonou metade. A sua última vitória foi com a Ferrari, em 2006, na China.
O piloto também envolveu-se em acidentes constrangedores. Num deles, em Cingapura, até os seus mais fanáticos seguidores alemães questionaram se ele estava a ver bem. O caso fez-lhe perder dez posições no grid de largada de Suzuka na prova de domingo.
Com a voz embargada, Schumacher disse que espera agora divertir-se nas seis corridas que lhe restam. A primeira delas será num circuito clássico, um dos seus favoritos, onde ele conquistou dois títulos mundiais.
Depois do anúncio da contratação de Hamilton pela Mercedes, havia especulações de que Schumacher poderia tentar prosseguir a sua carreira numa equipe menor, como a Sauber.
O alemão, aplaudido de pé pela multidão de jornalistas após ler a declaração, deixou claro que não pretende fazer isso, e falou sobre a sensação de alívio e liberdade ao decidir encerrar a sua carreira depois do GP do Brasil, próximo mês.
“Durante o último mês, não tinha certeza de ainda ter a motivação e a energia necessárias para prosseguir”, disse. “Não é o meu estilo fazer algo que eu não esteja cem por cento a fim. Com a decisão de hoje, sinto-me liberado dessas dúvidas.” Ele não revelou os seus planos a partir do próximo ano.
