Dois principais eixos, ligando as diferentes comunidades da província de Nampula, foram criados no âmbito do combate à malária que, nos últimos dois anos, conduziu ao internamento hospitalar mais de um milhão e novecentos mil doentes, para além de um número não especificado de óbitos.
O primeiro corredor inicia no rio Lúrio, no limite entre as províncias de Nampula e Cabo Delgado, cobrindo os distritos de Memba, Nacala-a-Velha, Mossuril, Mogincual, Mogovolas e Moma, com o término no rio Ligonha, no limite com a Zambézia.
O segundo eixo parte da cidade da Ilha de Moçambique, abarcando os distritos de Monapo, Meconta, Muecate, Nampula, Ribaué, devendo terminar em Malema, no limite com a vizinha província do Niassa. Segundo Armindo Tonela, director provincial da Saúde, várias acções de prevenção e combate à doença serão direccionadas aos dois corredores, como forma de reduzir a sua propagação no seio das comunidades.
De acordo com aquele profissional da Saúde, a distribuição de redes mosquiteiras a todas as mulheres grávidas e crianças com menos de cinco anos de idade e pulverização intra-domiciliária constam das várias actividades a serem intensificadas naquelas regiões.
Actualmente, o processo de pulverização contra o mosquito, vector de transmissão da malária, cobre cerca de um milhão de pessoas das cidades de Nampula e Nacala-Porto, bem como dos distritos de Meconta, Monapo e Nacala- a-Velha. Na província de Nampula, a malária é considerada uma das principais causas de internamento e de procura dos cuidados médicos, seguida das diarreias, disenteria e anemias.
As razões estão relacionadas com a inobservância dos cuidados preventivos e de higiene individual e colectiva por parte das populações.
