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Sarkozy sofreu mal-estar e foi hospitalizado

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, 54 anos, foi hospitalizado depois de sofrer este domingo quando corria um “mal-estar”, qualificado de “menor” por pessoas próximas ao dirigente. Sarkozy “está bem” e “conversa normalmente com os médicos” do hospital para onde foi levado, informou à AFP Claude Guéant, secretário-geral da presidência, quase três horas após o anúncio do incidente.

O presidente vai ficar no hospital até segunda-feira. Os diversos exames médicos a que foi submetido revelaram resultados “normais”, segundo um comunicado emitido pelo Palácio do Eliseu no fim da tarde deste domingo. De acordo com fontes próximas, o presidente sofreu um “mal-estar vagal considerado como menor”, e foi internado no hospital do Val-de-Grâce, em Paris, um estabelecimento militar onde costumam ser internados os chefes de Estado.

“O presidente da República sofreu um mal-estar quando corria, e foi imediatamente atendido por seu médico”, anunciara a presidência no início da tarde. A mulher de Sarkozy, Carla Bruni, “está neste momento ao lado do presidente”, segundo fontes próximas. O primeiro-ministro francês, François Fillon, eencurtou seu fim de semana para voltar a Paris na tarde deste domingo.

De acordo com fontes médicas, o mal-estar vagal, também chamado de síncope vagal, é uma breve perda de consciência que se deve a atividade excessiva do nervo vago, cujo papel é desacelerar o ritmo cardíaco. As síncopes vagais são impressionantes, mas não apresentam perigo para a vida do paciente e não necessitam tratamento específico, segundo as fontes. Uma fonte do governo francês informou que o mal-estar do chefe de Estado ocorreu em Versalhes, onde fica a residência de La Lanterna, ao lado do parque do Castelo de Versalhes.

Sarkozy costuma passar os fins de semana no local. Uma pessoa que não quis ser identificada e que estava passeando pelo parque do castelo no início da tarde relatou à AFP ter visto, entre 13H00 e 13H30 (08H00 e 08H30 de Brasília), um homem de costas, correndo no caminho principal da residência. Segundo ela, o homem estava cercado por guarda-costas e parecia cansado. Logo depois, ela o viu desabar. A mesma fonte disse ter visto em seguida dos helicópteros deixando o local. Sarkozy, que cultiva uma imagem de esportista, corre e anda de bicicleta várias vezes por semana.

De acordo com uma fonte próxima ao governo, o presidente teria sofrido o mal-estar quando estava no fim de sua corrida. A chefe do Partido Socialista (PS, oposição), Martine Aubry, desejou ao presidente um “rápido restabelecimento”, assim como o prefeito socialista de Paris, Bertrand Delanoë, e o líder do partido centrista MoDem, François Bayrou.

No dia 3 de julho, o Palácio do Eliseu publicou um boletim médico de Sarkozy, informando que o chefe de Estado tinha sido submetido a exames cardiovasculares e sanguínos com “resultados normais”. Em 2007, durante sua campanha presidencial, Sarkozy prometeu publicar constantemente boletins médicos se fosse eleito. No entanto, nenhum boletim de saúde foi divulgado em 2008.

Em janeiro do ano passado, um livro revelou que o presidente tinha sido submetido dois meses e meio antes a uma “intervenção menor” na garganta, uma informação mantida em segredo. A presidência confirmara em seguida uma breve internação por uma “angina”. A saúde dos presidentes é um assunto sensível na França, sobretudo depois do câncer, escondido durante anos, do ex-presidente socialista François Mitterand, falecido em 1996.

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